Oriundo da Apúlia do Sul, este coletivo de oito músicos apresenta-se como uma “odisseia fantástica”, que surge em Loulé embalado “pelos ventos do Adriático” para fazer uma festa “original e disruptiva”, assumindo-se algures entre uma banda tradicional – que tanto anima festas, como toca em procissões e funerais – com a energia da música dos Balcãs e a virtuosidade do Norte de África. Não é por acaso, aliás, que o último álbum do grupo se chame precisamente Odissea, com o lendário herói Ulisses a ser transformado num imigrante em busca de uma vida melhor, que em vez de combater vilões mitológicos tem antes de lidar com a indiferença e falta de empatia do um mundo completamente estranho. Com uma extraordinária secção de sopros e uma energética proposta musical, completada por uma presença em palco enriquecida por coreografias tão divertidas quanto contagiantes, o resultado é uma poderosa explosão sonora e visual que transforma qualquer concerto numa enorme baile onde é impossível ficar quieto.