Photo © Philippe Martin
Os tremendos Al-Qasar, que alguém apelidou como “a banda de casamentos mais empolgante do mundo”, descrevem a sua distinta música como “Arabian fuzz” – uma fusão de energia eléctrica profundamente enraizada na tradição, mas jamais limitada por ela. Formada no bairro de Barbès, em Paris, em 2015, pelo produtor americano-francês Thomas Attar Bellier, Al-Qasar reúne músicos de França, Arménia, Turquia e Estados Unidos, criando um conjunto verdadeiramente internacional.
No centro da formação de Al-Qasar estão a cantora turca de rock psicadélico Sibel Durgut, o baterista franco-arménio Sacha Viken e o baixista francês Guillaume Theoden. O seu álbum de estreia, lançado pela Glitterbeat Records, é uma imaginativa amostra do seu som eclético, uma mistura poderosa de baixo, bateria e percussão que impõe um groove irresistível, coberto por saz elétrico e guitarras que criam uma parede de som esmagadora.
Com “Who Are We”, o seu segundo álbum, lançado em 2022, Al-Qasar atrairam uma série de colaboradores notáveis, incluindo Jello Biafra dos The Dead Kennedys, Lee Ranaldo dos Sonic Youth, o inovador Alsarah de Nova Iorque via Sudão, o virtuoso oud argelino Mehdi Haddab (Speed Caravan) e o aclamado cantor egípcio Hend Elrawy (Orange Blossom). E se pensarmos que Iggy Pop lhes dirigiu um rasgado elogio no seu programa da BBC6, percebe-se que Al-Qasar conquistaram o respeito dos seus pares.
A música de Al-Qasar é uma rica tapeçaria tecida a partir das raízes hipnóticas do trance do Norte de África, da beleza intrincada das escalas árabes e da excitação visceral do rock’n’roll. O seu som é simultaneamente antigo e contemporâneo, local e global. Uma fórmula absolutamente única.