O quarteto de marimbas tem uma história muito curta e recente, uma vez que o instrumento em si é relativamente novo no campo da música clássica. No entanto, o belo som da marimba, frequentemente identificado com a música popular centro-americana, possui uma qualidade melódica e harmónica que lhe confere inúmeras possibilidades musicais e expressivas, e torna esta formação comparável em recursos e capacidades a outros grupos de câmara muito mais veteranos, como o piano a quatro mãos, o quinteto de sopros ou o quarteto de cordas.
Como o repertório contemporâneo original deste grupo é ainda limitado, recorrem a transcrições de grandes obras do passado, escritas por pelo grupo, para tentar mostrar ao público as possibilidades da marimba tocada por quatro músicos. Assim, nesta ocasião, foram escolhidos andamentos individuais de grandes obras escritas para quarteto de cordas ou orquestra, começando pelo Barroco (Vivaldi), passando pelo Classicismo (Haydn), Romantismo (Schubert) e Impressionismo (Debussy), e chegando ao século XX com a ajuda de dois compositores pós-românticos (Beach e Shostakovich), para culminar com uma obra atual e original, Fractalia de Condon, que pode ser classificada como Neominimalismo com influências da Nova Era.
Em suma, poderemos admirar os grandes mestres da história da música enquanto aprendemos uma nova forma de os ouvir e interpretar.