TERESINHA LANDEIRO

(PT)

Queria ser médica, acabou a estudar gestão, mas é no fado que tem feito carreira. Teresinha Landeiro estreou-se em 2018 com Namoro, álbum que contou com a produção de Pedro de Castro, nome incontornável da nossa cena fadista e o responsável por parte da “educação” musical da artista, através das noites que conduzia na reputada Mesa de Frades, um dos pontos essenciais do roteiro lisboeta das casas de fado onde Teresinha haveria de retornar vezes sem conta ao longo dos anos. Entretanto, 2021 viu chegar Agora, uma vez mais com Castro aos comandos da produção, mas também com uma Teresinha cada vez mais segura – e não apenas da sua voz, mas também do punho com que escreve.

“Cantar fados”, explica Teresinha, “é contar histórias, histórias que as pessoas receberão como entenderem. A magia do fado é essa: passar uma mensagem através de um sentimento, mas cada um a recebe de forma íntima, irrepetível. Por isso o fado é uma coisa tão directa e tão pessoal. Nem é preciso entender-se a língua para se receber essa carga”, garante a fadista que em 2022 começou nas redes sociais um desafio particular a que chamou “Alguidar de Palavras”. Essenjeito para a escrita levou-a, em 2023, a participar como autora e intérprete no Festival da Canção e, já em 2024, lançou novo trabalho, “Para Dançar e Para Chorar”, mostrando novas facetas da sua criatividade.

Este invulgar percurso tem-lhe valido fortes aplausos em Portugal, claro, mas também em Espanha, Polónia, Suíça, Bélgica, Áustria, e na América do Sul: “Já cantei para públicos muito diferentes. E o fado consegue chegar a todos eles”.