A viagem sónica dos Idiotape é inconfundivelmente retro-futurista, fundindo estilos electrónicos de vanguarda com uma referência a sons analógicos e uma dose saudável de influências rock. Este trio sediado em Seul, composto pelo produtor e DJ Dguru, pelo mestre de sintetizadores Zeze e pelo baterista DR, tem vindo a conquistar o seu nicho desde 2010. Durante este tempo, lançaram três álbuns e dois EPs, distinguindo-se pela sua particular sonoridade electrónica e pelos espectáculos ao vivo electrizantes que alimentaram paralelismos com nomes como Daft Punk, Chromeo e Cut Copy. No entanto, as influências dos Idiotape são mais profundas, tocando no legado de luminares locais dos anos 60 e 70, como Shin Jung-hyeon, o reverenciado “padrinho do rock” na Coreia.

Desde o início, os Idiotape cativaram a cena musical de Seoul, primeiro, e da restante Coreia do Sul, logo depois. O seu álbum de estreia, “11111101”, arrecadou o prémio de “Melhor Álbum de Dança e Eletrónica” nos Prémios de Música Coreana de 2012, estabelecendo-os como uma referência. A sua estreia internacional deu-se como banda de abertura para os pesos pesados Phoenix e Fatboy Slim, um trampolim que os levou a fazer uma digressão pela América do Norte e Europa, passando pelos palcos de Glastonbury e SXSW.

Já em 2023, os Idiotape lançaram temas como “Acid Punk” ou “Vladimir Komarov”, potentes visões electrónicas voltadas para as pistas de dança que servem também como sinais para entendermos para onde se dirige o trio nos tempos mais próximos. Para o futuro, certamente.